terça-feira, 28 de julho de 2009

Lembra De Mim Final

Capítulo 21

O mundo finalmente tinha enlouquecido. Esta era a prova. Enquanto eu caminhava por Langridges e desatei minha echarpe rosa brilhante, fui obrigada a esfregar os olhos. Era apenas 16 de outubro, e já estavam enfeitando tudo por toda a parte. Havia uma árvore de natal coberta de bugigangas, e um coral posicionado no mezanino, cantando alto "Hark the Herald* ".(*Hark The Herald Angels Sing é um hino de natal muito popular, escrito em 1739 por Charles Wesley)
Em breve eles estarão iniciando a correria do período de Natal para o dia 1º de janeiro. Ou eles começarão a ter uma meia-estação extra de Natal. Ou simplesmente vai ser Natal o tempo todo, mesmo nas férias de verão.
"Oferta Especial de pacote festivo Calvin Klein?" falava monotonamente uma garota de branco com aparência entediada, e eu me esquivar dela antes de ser pulverizada. Embora, pensando novamente, Debs gostava bastante daquele perfume. Talvez eu o comprasse para ela.
"Sim, por favor", eu disse, e a menina quase cai de surpresa.
"Embrulho de presente festivo?" Ela se apressou de volta para trás
do balcão antes que eu pudesse mudar de idéia.
"Embrulhe pra presente, por favor", eu disse. "Mas não festivo."
Enquanto ela amarrava os laços no pacote, eu me observava no espelho
atrás dela. Meu cabelo ainda estava longo e brilhante, apesar de não terem nem uma sombra do brilho que tinha antes. Eu estava usando jeans e um cardigan verde e os meus pés estavam confortáveis em tênis de camurça.
Meu rosto estava livre de maquiagem; minha mão esquerda estava livre de uma aliança.
Eu gosto que vejo. Gosto de minha vida.
Talvez eu não tenha mais a vida dos sonhos.
Talvez eu não seja uma multimilionária vivendo em uma cobertura gloriosa, com vista panorâmica de Londres.
Mas Balham é bem legal. O que é mesmo mais legal é o meu escritório que fica no andar de cima do meu flat, então eu faço a viagem mais curta do mundo pro trabalho. E talvez seja por isso que eu não entro mais no meu jeans mais skinny. Isso, e as três fatias de torradas que como no café da manhã todo dia.
Três meses depois, a empresa tem funcionado tão bem, que às vezes tenho que beliscar a mim mesma. O contrato com a Porsche
está acontecendo e já até conquistou o interesse da mídia. Nós fechamos outro acordo para fornecer tapetes para uma cadeia de restaurantes - e só hoje, Fi vendeu o meu desenho favorito da Deller - um com uma estampa de círculo laranja - para um spa moderno.
É por isso que eu estou aqui, fazendo compras. Eu achei que todos da
equipe merecem um presente.
Paguei pelo perfume, peguei minha sacola, e andei pela loja. Assim que eu passei por uma prateleira de saltos altos de balançar, eu lembrei de Rosalie, e não pude evitar de sorrir. Logo que ela ouviu que Eric e eu estávamos nos separando, Rosalie anunciou que ela não iria tomar partido, e que eu era sua amiga mais íntima e que ela seria a minha rocha, a minha absoluta rocha.
Ela chegou a me visitar uma vez. Ela estava uma hora atrasada, porque ela mandou que o GPS não fosse ao sul do rio, e, depois, ficou traumatizada pelo que ela classificou como uma perturbação de gangues de rua. (Dois garotos brincando uns com os outros. Ela disse que eram oito).
Ainda assim, ela tinha feito melhor do que minha mãe, que é dava um jeito de cancelar cada visita prevista por causa de algum cão doente ou outro. Nós ainda não falamos desde a vez que fui vê-la naquele dia, não adequadamente.
Mas Amy me manteve informada. Aparentemente, no dia seguinte ao da minha visita, sem uma palavra a ninguém, mamãe reuniu toda a sua carga de roupas decoradas e as enviou a um brechó.
Então ela foi para o cabeleireiro. Ao que tudo indica ela tem cabelos curtos agora, o que realmente combina com ela, e ela comprou algumas calças de aspecto bem moderno. Ela também arranjou um homem que entende de fungos que destroem papeis de parede - e pagou para que ele tirasse as pedras de pavimentação do papai.
Sei que isso não parece muita coisa. Mas, no mundo da minha mãe, esse era um enorme progresso.
E por uma fantástica e completamente positiva iniciativa, Amy voltou a freqüentar a escola de forma impressionante! De algum jeito ela conseguiu uma vaga em Estudos de Negócios de nível A, ao lado de todas as alunas do ensino secundário preparadas para entrar na universidade, e seus professores ficaram perplexos com seu progresso.
Ela chegará a fazer estagio com a gente nas férias de Natal - e eu estou realmente ansiosa por isso.
No que diz respeito a Eric... Eu sempre suspiro quando penso nele.
Ele ainda pensa que estamos em uma separação temporária, mesmo
eu tendo contatado o seu advogado sobre o divórcio. Cerca de uma semana depois que me mudei, ele me enviou um documento datilografado intitulado Lexi e Eric: Manual de Separação. Ele sugeriu que tínhamos o que ele chamou de "reunião marco do projeto" cada mês. Mas eu não fui nem sequer uma vez. Eu apenas... não posso ver Eric agora.








Também não posso me submeter a olhar para a sua seção intitulada
‘Separação e Sexo: infidelidade, Sozinha, Reconciliação, Outros.’
Outros? O que a Terra -
Não. Não quero sequer pensar nisso. O ponto é que, não existe razão nenhuma para insistir em viver no passado. Não há um ponto a considerar. É como Fi disse, você tem que se manter olhando para o futuro. Estou ficando muito boa nisso. Na maior parte do tempo, é como se o passado estivesse numa outra área, lacrada em minha cabeça, com fita adesiva colada em todas as bordas.
Eu dei uma parada no departamento de acessórios e comprei uma bolsa exclusiva num tom de roxo da moda para Fi. Então subi as escadas e encontrei uma camiseta moderna no estilo anos setenta para Carolyn.
"Vinho aquecido para as festas?" Um cara em um gorro de Papai Noel oferece uma bandeja cheia de minúsculas taças, e eu pego uma. Enquanto eu estava vagando, eu percebi que eu estava levemente perdida no novo layout do piso, e pelo jeito tinha me enganado e desviado para a sessão de roupas masculinas. Mas não importava, eu estava sem pressa. Eu fiquei vagando por alguns instantes, bebericando o tal do vinho quente, ouvindo os cânticos natalinos e observando as luzes decorativas piscando...
Oh Deus, eles me pegaram. Eu estou começando a me sentir no espírito natalino. Ok, isso é mau. Estamos apenas em outubro. Tenho de sair, antes que eu comece a comprar embalagens gigantes de empadas de carne moída e Cds do Bing Crosby* (*cantor americano muito popular nos anos 30 que gravou músicas de natal como "White Christmas" e "Silent Night" vendendo milhões de cópias) e me perguntando se O Mágico de Oz estaria em cartaz. Estava apenas à procura de algum lugar para colocar meu copo vazio, quando uma voz brilhante me cumprimenta.
"Olá novamente!"
Estava vindo de uma mulher loira com cabelos curtos que estava dobrando suéteres em tos pastéis no departamento masculino da Ralph Lauren.
"Er... Olá", eu disse incerta. "Eu conheço você?"
"Ah, não." Ela sorriu. "Eu só lembro de você do ano passado."
"No ano passado?"
"Você esteve aqui, comprando uma camisa para o seu... amigo". Ela lançou olhares em minha mão. "Para o Natal. Tivemos uma conversa bem longa sobre como eu tinha o dom para fazer embalagens. Eu sempre me lembro disso."
Encarei ela novamente, tentando imaginar. Eu, aqui. Fazendo compras de Natal. A velha Lexi, provavelmente em um terno bege de negócios, provavelmente com uma terrível pressa; provavelmente de cara fechada pelo o stress.
"Lamento", eu digo em comprimento. "Eu tenho uma péssima memória.
O que eu disse?"
"Não se preocupe!" Ela ri alegremente. "Por que você deveria se lembrar? Acabei de lembrar disso, porque você estava tão... ".
Ela faz uma pausa, no meio da dobra de um suéter. "Isso parece ridículo, mas você parecia tão apaixonada."
"Certo". assenti. "Certo". Eu arrumei de volta uma mecha de cabelo, dizendo a mim mesma para sorrir e ir embora. É uma pequena coincidência, só isso. Não é grande coisa. Vamos, sorria e vá.
Mas, enquanto eu estava parada lá, com as luzes decorativas piscando e do coro cantando "The First Nowell", e uma estranha mulher loira estava me dizendo o que eu fiz no último Natal, todos os tipos de sentimentos enterrados estavam emergindo; pressionando para fora a todo vapor. A fita que selava estava soltando em uma das bordas; eu não podia mais manter o passado em seu lugar.
"Isto pode parecer tipo... uma pergunta estranha." Eu esfreguei o meu úmido lábio superior. "Mas eu disse qual era o seu dele?"
"Não." A mulher me olhou curiosamente. "Você simplesmente disse que ele lhe trouxe à vida. Que você não tinha vivido antes. Você estava mais radiante com ele, com a felicidade ao lado dele." Ela põe o suéter para baixo e me olha com curiosidade genuína. "Você não se lembra?"
"Não."
Alguma coisa estava apertando em minha garganta. Era Jon.
Jon, sobre quem eu tenho tentado não pensar a cada dia desde que eu fui embora.
"O que foi que eu comprei pra ele?"
"Foi uma camisa desta, como me lembro." Ela me entrega uma camisa verde claro e, em seguida, retorna a outro cliente. "Eu posso ajudar você?"
Eu segurava a camisa, tentando imaginar Jon nela; eu escolhendo para ele. Tentando invocar a felicidade. Talvez fosse o vinho; talvez fosse só o fim de um longo dia. Mas parecia que eu não podia largar essa camisa. Eu não posso deixá-la.
"Posso comprá-la, por favor?" Digo assim que a mulher ficou livre. "Não se preocupe em embrulhá-la."
• • •
Não sei o que há de errado comigo. Enquanto já estava fora de Langridges e sinalizo a um táxi eu ainda estava com a camisa verde,
presa ao meu rosto como um cobertor confortável. A minha cabeça toda estava se movimentado, o mundo estava retrocedendo, como se eu estivesse começando uma gripe ou algo parecido.
Um táxi se adianta e eu entro, no piloto automático.
"Para onde? Me pergunta o motorista, mas eu quase não o ouvi. Eu não conseguia parar de pensar em Jon. Minha cabeça zumbia mais forte; Eu me agarrava à camisa...
Estava sussurrando.
Não sei o que minha cabeça estava fazendo. Eu estava sussurrando uma melodia que eu não sabia. E tudo que eu sabia é que tinha a ver com Jon.
Esta música era o Jon. Significava Jon. É uma melodia que eu conheci através dele.
Eu fechei os olhos desesperadamente, perseguindo-a, tentando fazê-la se render, como um flash de luz, estava na minha cabeça.
Era uma memória.
Eu tenho uma memória. Em relação a ele. A mim. Nós dois juntos. O cheiro de sal no ar, seu queixo arranhando, um suéter cinza... e da melodia. É isso aí. Um momento fugaz, nada mais.
Mas eu o tenho. Tenho isso.
"Amor, para onde?" O condutor e se virou e abriu a divisória.
Eu olhei para ele como se estivesse falando uma língua estrangeira. Eu não podia deixar que qualquer outra coisa entrasse em minha mente, eu tinha que segurar esta memória, eu tinha que cultivá-la...
"Pelo amor de Deus". Ele rola seus olhos. "Aonde-você-quer-ir? "
Há apenas um lugar eu posso ir. Eu tenho que ir.
"... Para... Hammersmith." Ele se vira, passa a marcha no táxi, e após um ronco nós fomos.
À medida que o táxi se movia através Londres, me sentei parafusada na posição vertical, tensa, apertando as tiras das sacolas. Eu sentia como se minha cabeça tivesse um precioso líquido dentro e se eu me balançasse ele seria derramado. Eu não podia pensar sobre isso ou se eu iria usar isso. Eu não podia falar, ou olhar para fora da janela, ou deixar alguma coisa entrar em meu cérebro de maneira alguma. Eu
tinha de manter essa memória intacta. Eu tinha que dizer isso a ele.
Assim que chegamos na rua de Jon, empurrei algum dinheiro ao condutor e saí, imediatamente percebendo que deveria ter ligado primeiro. Eu puxei meu celular e apertei o seu número. Se ele não estivesse aqui eu iria para onde quer que ele estivesse.
"Lexi?" ele responde o telefone.
"Estou aqui," eu arfei. "Eu me lembrei."
Houve um silêncio. O telefone ficou morto e podia ouvir rápidos passos no interior. No próximo minuto a porta da frente balançou aberta na parte superior dos degraus e lá estava ele, em uma camisa gola pólo e jeans, e um velho tênis Converse em seus pés.
"Eu lembrei de alguma coisa," Eu despejei antes que ele pudesse dizer qualquer coisa. "Eu lembrei de uma melodia. Eu não a conheço, mas eu sei que a ouvi com você, na praia. Nós devemos ter estado lá há um tempo. Ouça!" Eu comecei sussurar o zumbido, ávida em esperança. "Você se lembra?"






"Lexi..." Ele empurra suas mãos pelo cabelo. "Do que você está falando? Por que você está carregando uma camisa?" Ele se foca nela novamente. "Essa camisa é minha?"
"Eu ouvi isso com você na praia! Eu sei que ouvi." Eu sei que estou tagarelando incoerentemente, mas não posso evitar. "Lembro-me do ar salgado e seu queixo que estava arranhando e era algo assim... " Eu comecei o zumbido de novo, mas sabia que estava ficando mais impreciso, lutando pelas notas certas. Por fim eu desisti e parei com expectativa. O rosto de Jon estava perturbado, perplexo.
"Não me lembro", diz ele.
"Você não se lembra?" eu olhava para ele indignada em descrença.
"Você não se lembra? Me poupe! Pense em antes! Estava frio, mas nós estávamos aquecidos de algum modo, e você não tinha feito a barba... você estava com um suéter cinzento no..."
De repente seu rosto se muda. "Oh Deus. Aquela vez que fomos a Whitstable. É disso o que você está lembrando?"
"Eu não sei!" Eu digo desamparada. "Talvez."
"Nós fomos a Whitstable passar o dia." Ele está acenando a cabeça. "Para a praia. Estava um frio fodido, por isso, nós nos empacotamos e nós tínhamos um rádio com a gente... hum, faz a melodia novamente?"
Ok, eu nunca deveria ter mencionado a melodia. Eu sou um droga cantando. Mortificada, comecei o zumbido novamente. Só Deus sabe o que eu estava cantando agora...
"Espera. Essa não era aquela música que estava tocando em todos os lugares?" Bad Day "."
Ele começa o zumbido e é como um sonho se tornando real.
"Sim!" Digo ansiosamente. "É isso aí! Essa é a música!"
Há uma longa pausa, e Jon esfrega seu rosto, olhando distraído.
"Então, isso é tudo o que você se lembra. Uma melodia".

Quando ele disse isso dessa forma me fez sentir completamente estúpida por ter me lançado através de toda Londres. E, de repente,a fria realidade estava indo de encontro com minha euforia. Ele não estava mais interessado, ele superou. Ele provavelmente tinha uma namorada agora.
"Sim". Eu limpei a minha garganta, tentando sem sucesso, parecer
indiferente. "Isso é tudo. Eu só achei que eu deveria deixar que você soubesse que eu lembrava de alguma coisa. Sem nenhum interesse especial. Então...UM ... de qualquer forma. Foi bom ver você. Tchau."
Eu peguei minhas sacolas de compras com as mãos desajeitadas. Minhas bochechas ardiam miseravelmente enquanto eu me virei para ir embora. Isto foi tão embaraçoso. Eu precisava sair daqui, o mais rápido possível. Eu não sei o que eu estava pensando -
"Isso é suficiente?"
A voz de Jon me pega de surpresa. Eu me voltei, para ver que ele tinha descido metade da escada, seu rosto firme com esperança. E com essa visão dele, todo o meu disfarce desmontou. Os três últimos meses pareciam desaparecer gradualmente. Éramos só nós outra vez.
"Eu... eu não sei," Eu consegui dizer por fim. "Será?"
"É a sua chamada. Você disse que precisava de uma memória. Um fio que nos ligasse...a nós." Ele dá mais um passo para baixo em minha direção. "Agora você tem um."
"Se eu tenho, é o fio mais fino do mundo. Uma melodia". Eu faço um som que era para ser uma risada. "É como... uma teia de aranha. Delicadamente fino".
"Pois bem, se segure a ele." Seus olhos escuros nunca deixando os meus, ele estava descendo o resto dos degraus, rompendo em
uma corrida. "Segure-a, Lexi. Não deixe que se quebre." Ele chegou a mim e me envolveu firmemente em seus braços.
"Não vou deixar," Eu sussurro e me agarro a ele. Eu não quero nunca
deixá-lo ir de novo. Sair dos meus braços. Sair da minha cabeça.
Quando finalmente me recuperei, três crianças estavam olhando para mim das escadas do vizinho.
"Ooh", diz uma. "Sexyyyyy."
Não pude deixar de rir, mesmo que os meus olhos estivessem brilhando com lágrimas.
"Yeah," Eu concordo, assentindo para Jon. "Sexy".
"Sexy". Ele sinaliza de volta pra mim, suas mãos abrangendo minha
cintura; seus polegares suavemente acariciando os ossos do meu quadril como eles pertencessem ali.
"Ei, Jon". Eu coloquei minha mão sobre a minha boca, como se tivesse tido uma súbita inspiração. "Adivinha o quê? De repente me lembrei de outra coisa."
"O que?" Seu rosto se acendeu. "Do que você lembrou?"

"Lembro-me de entrar em sua casa... tirando os telefones dos ganchos... e fazer o melhor sexo de toda minha vida por sólidas vinte e quatro horas", eu digo seriamente. " Eu ainda lembro a data exata."
"Sério?" Jon sorri, mas parece um pouco perplexo. "Quando?"
"16 de outubro de 2007. Cerca de..." Consulto o meu relógio."Quatro e cinqüenta e sete da tarde."
"Aaah". O rosto de Jon clica no entendimento. "Claro.Sim, eu me lembro disso também. Foi um momento muito impressionante,não foi? "Ele corre um dedo para baixo minhas costas e eu sinto um delicioso arrepio de antecipação. "Só que eu acho que foram quarenta e oito horas sólidas. Não só vinte e quatro."
"Tem razão". Eu fiz um barulho com a minha língua fingindo censura.
"Como eu poderia ter esquecido?"
"Vamos lá". Jon me leva até as escadas, com sua mão firme na minha, para a torcida e os aplausos das crianças.
"A propósito," eu disse enquanto ele chutava a porta atrás de nós para fechá-la. "Não tenho boas relações sexuais desde 2004. Só para você saber."


Jon dá gargalhadas. Ele arranca fora sua camisa pólo, em um movimento e eu sinto uma faísca imediata de luxúria. Meu corpo se lembra disso, mesmo que eu não.
"Eu vou aceitar esse desafio." Ele chega perto, pega o meu rosto nas suas duas mãos, e apenas me observa por um momento, silencioso e
proposital e até o meu interior estar derretendo de desejo. "Então me lembre... o que aconteceu após as quarenta e oito horas acabarem?"
Não conseguia mais segurar. Tinha que puxar para mim o seu rosto para um beijo. E este eu não vou esquecer nunca, eu vou manter guardado para sempre.
"Eu vou te dizer," Eu sopro, finalmente, a minha boca contra a quente e macia pele de Jon. "Eu vou te dizer toda vez que me lembrar."

FIM!!

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